"Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo. Desenrolo-me em períodos e parágrafos, faço-me pontuações, e, na distribuição desencadeada das imagens, visto-me, como as crianças, de rei com papel de jornal, ou, no modo como faço ritmo de uma série de palavras, me touco, como os loucos, de flores secas que continuam vivas nos meus sonhos."
B.S.



domingo, 27 de junho de 2010

[s/ título]

se eu nao posso escrever, eu posso o que?

[conversas de superfície]

argumentaçoes baratas. é disso que se vive hoje em dia. nao que seja um trabalho sujo nem nada, mas também nao há muito do que se orgulhar. nao se mantem um foco, as conversas sao tao superficiais que quando nao se sabe mais o que falar depois de 5 minutos outro assunto vem a tona, como se fosse a continuaçao de um primeiro e assim sucessivamente. o que se tira do final é o que eu me pergunto constantemente.

[gula]

eu tinha fome. Na verdade, fome era tudo que eu não tinha naquele momento ou em tantos momentos anteriores. Eu tinha gula, queria mais comida, mais diversão, mais carinho, mais música, mais barulho, eu queria tudo muito e o tempo todo. E como tudo que é demais, o querer tanto me fazia mal, me enjoava e dentro de toda essa paranóia eu achava que a cura para toda ela era mais daquilo que me fazia mal. viciante. e eu nunca ficava com fome de nada, dentro da minha loucura eu confundia os dois conceitos, tudo que eu queria não era mais do que o necessario para mim.