cor-de-rosa. a menina sorria tão leve que o mundo todo se pintava para ela, só para vê-la sorrir. e de tantos agradinhos ela se tornava leve e feliz. era única. e por ser, só ela, assim, cada um a sentia de um jeito particular. era doce e macia, sonho e jujuba, sensível e agradável, girassóis, maresia e cor-de-rosa. e a cada atribuição ela retribuía. o olhar doce se deleitava no novo sabor e tudo que via se tornava doçura. e agradecia por cada sensação, tornando adocicado tudo que pudesse transformar.
era toda envolta em açúcar, daqueles de confeitaria que enfeitam os doces da padaria. amostra de delicadeza que o mundo gostaria de provar. cada movimento provocava um suspiro alheio. era toda uma fantasia. apertando os olhos um pouco quase se via duas asinhas e a auréola.
era amor. a mistura do branco e do vermelho, da inocência e da intensidade. era uma pureza escandalosa. a face tranqüila e a energia reprimida dentro do corpo. leite e groselha, areia e terra, lua e sol. era essência do jasmim e da rosa no menor frasco de perfume.
a menina era só encanto e cada um a queria de um jeito. acalentar, cuidar, exibir, admirar, ter. era tão platônico que chegava a ser triste. só as vezes, bem de vez em quando, ela olhava pra alguém e sorria. não precisava-se de outra coisa. era doce e cor-de-rosa e bastava para ser feliz.
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