"Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo. Desenrolo-me em períodos e parágrafos, faço-me pontuações, e, na distribuição desencadeada das imagens, visto-me, como as crianças, de rei com papel de jornal, ou, no modo como faço ritmo de uma série de palavras, me touco, como os loucos, de flores secas que continuam vivas nos meus sonhos."
B.S.



quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

é engraçado quando a gente se percebe mais da gente mesmo. eu aprendi que quando me da uma vontade ridicula de comer doce, eu preciso escrever.
estou em casa e preciso sair daqui. as vezes escrever é meu jeito de sair de casa.
a energia interior fica num rebuliço ali dentro e te manda ir pra algum lugar, qualquer outro lugar, porque ficar parado é meio que sofrimento desnecessario.
correr cansa bastante. ficar parado, um pouco mais.
o tédio me dá vontade de gritar. estou morrendo de tédio. em vez de gritar escrevo.
pra quem nao parou um dia durante meses, ficar em casa deveria ser uma benção (acho esta uma palavra engraçada)
descobri que nao é. vou pra praia daqui a pouco, espero eu, e esta é em parte minha salvaçao. estou me salvando de pensar sobre o futuro.

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