"Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo. Desenrolo-me em períodos e parágrafos, faço-me pontuações, e, na distribuição desencadeada das imagens, visto-me, como as crianças, de rei com papel de jornal, ou, no modo como faço ritmo de uma série de palavras, me touco, como os loucos, de flores secas que continuam vivas nos meus sonhos."
B.S.



sexta-feira, 24 de setembro de 2010

[resumo da obra]


minha vida já teve muitas épocas. e nao importa exatamente a minha idade, só que gosto de dividí-la da maneira que me convém. estágios de amadurecimento, talvez.
(para que servem os anos, né?)
enfim, cada época eu encarava alguns assuntos de um jeito e distorcia em menor ou maior grau as informações que me eram passadas.
meus olhos focavam uma parte da situação.
a situação mudava, assim como o foco e o interesse em tais e tais detalhes.
pequenas coisas, por vezes, eram só o que me importava. por outras, imagens tão borradas não permitiam qualquer tipo de aproximação que fizesse algum sentido.
minha vida é meu conjunto de obras. nao digo exposição porque a bagunça é tão grande e meus quadros tão diferentes que não seria possível arranjar-lhes uma ordem.
no máximo uma ordem temporal.
mas aí esta não me convém.

Um comentário:

  1. Queleléu, você escreve muito bem. Penso sempre em você e nos quadros que pintamos juntas, quando convivíamos e você era uma menininha...
    Se quiser, me procure. Te amo, sempre.
    Lúcia

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