"precisa-se de explicações" anuncia o rosto social, denunciando o tamanho da ambição dos homens, querendo entender o que não possui um sentido de existência maior. existe com o único sentido de não ter sentido nenhum. (assim me ensinou o mestre sem saber que o fazia)
o movimento é eterno e creio nele como quem crê no sentido existencial. com a diferença de que se move sem sentido ou direção.
acreditar no (tantas vezes já citado) sentido é ser estático. e o sentido de ser estático é, não só nenhum, como também medíocre. ambos não me servem e descarto-os sem certeza se tornarei a vê-los algum dia.
não me importaria caso tornasse a vê-los, a bem da verdade. do mesmo modo que aprendi a nao me importar em reencontros pessoais desconfortáveis. prestar muita atenção a eles poderiam torná-los mais desagradáveis do que o necessário.
cotas de conforto e desconforto vão existir em menor ou maior grau, o tamanho de cada uma estará atrelado à importância que se dê ao assunto. prefiro não dar importância e me desconfortar por vezes menos, por vezes mais.
teorias sinteticamente errôneas. não sou teoricamente nada. sou assim, de corpo e movimentação. se não procuro por um sentido maior é porque não o possuo. procuro uma verdade naturalmente errante, que por ser errante não me afirma coisa nenhuma. só me faz acreditar. nao importa muito em que, só sei que se relacionam a atalhos e percursos sem saída e na mudança ininterrupta dos tais sentidos.
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