"Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo. Desenrolo-me em períodos e parágrafos, faço-me pontuações, e, na distribuição desencadeada das imagens, visto-me, como as crianças, de rei com papel de jornal, ou, no modo como faço ritmo de uma série de palavras, me touco, como os loucos, de flores secas que continuam vivas nos meus sonhos."
B.S.



segunda-feira, 17 de setembro de 2012

[sentido da vida]

Estava eu me increvendo para o TEDxDaLuz e me aparecem tais questões:






Quis compartilhar as respostas.

Minha dúvida em relação à vida e ao meu sentido nela são tantas e ao mesmo tempo nenhuma. O 'tantas' refere-se a nossa pequenez diante do universo. A falta de um fim universal me intrigou desde pequena. Sempre acreditei em finais e não entendo o que vem depois disso: o que está além do universo? Onde acaba esse além infinito? E por acreditar tanto em finais, saber que a vida chega ao fim é o suficiente. O que existe ou deixa de existir além dela não me importa muito. Minhas dúvidas se formam em torno do que é infinito. A vida, por ser finita, me basta. E quaisquer dúvidas que me apareçam, de repente, acerca de sentidos existenciais, não são importantes o suficiente diante dessa vastidão toda que nos envolve lá em cima.


A certeza em relação à vida é que existe a morte, e isso eu li em algum lugar. Certezas inconstantes tenho várias, a cada segundo elas mudam um pouquinho. Certezas absolutas tenho duas: meus pais. O sentido da vida está justamente no fato de que não existe um sentido da vida. De Monty Python a Alberto Caeiro tirei tais conclusões. Como o mestre disse, que uma flor não é mais do que uma flor, não tentemos também descrever a vida como outra coisa. A gente vive aqui e agora e isso é o importante. A gente morre também, alguma hora. Não tenho uma razão de estar aqui, mas estou feliz que seja dessa maneira.

Um comentário:

  1. Lindo.
    (descobri que sou um robô, pelo menos o seu Blogger acha que eu sou)

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