"Sou, em grande parte, a mesma prosa que escrevo. Desenrolo-me em períodos e parágrafos, faço-me pontuações, e, na distribuição desencadeada das imagens, visto-me, como as crianças, de rei com papel de jornal, ou, no modo como faço ritmo de uma série de palavras, me touco, como os loucos, de flores secas que continuam vivas nos meus sonhos."
B.S.



sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

[meu eu mesmo]


Importar-se consigo mesmo é tão importante quanto a própria vida em si.
Importo-me comigo de tal maneira que o mundo todo passa a ter uma significância tamanha.
e a vontade de importar-me cresce significativamente. a todo momento.
importo um pouco do mundo todo em mim. rodo o mundo e a minha vida com ele vai deixando de ser estrangeira e estranha a mim mesma.
sou um pouco do mundo todo. e sendo um pouco de tudo só me resta desvendar o tudo que sou pra me entender um pouco mais. e o mundo que tanto me importa.
por importar-me tanto comigo, pensarão vocês ser egoísmo meu.
conheço-me a ponto de não negar os meus (muitos) defeitos. mas sei aqueles que não tenho e egoísmo é um que não me faz falta.
não finjo defeitos que não me existem. nem qualidades. sou assim. só e tudo isso. sem fingimentos.
sem duas caras descaracterizadas. ou de caráter sujo e confuso.
sei a metade de um dos pouquinhos que sou.
não sou pretensiosa a ponto de querer desvendar-me inteira.
cada um tem um eu mesmo tão grande quanto o próprio mundo que tenta desvendar.

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