Eu sou assim, desse jeito.
Ele é diferente de mim. E ela, diferente de nós dois.
Não somos diferentes porque alguém pensou que assim deveria ser.
Ao contrário, ninguém pensou em nada, saímos assim e só.
Lógico que tentamos inverter essa lógica a todo momento.
Estamos no top5 seres mais do-contras do planeta. Sei lá porque raios nos orgulhamos tanto disso.
A palavra NÃO soa divinamente para nós.
Nós não queremos isso, não queremos aquilo, não gostei, não posso fazer, não fale comigo, não perdoo, não vou. não.
Dizemos não até para aquilo que é e só. Dizemos não para o que surgiu ao acaso (como se ele se importasse com isso)
Dizemos não para o diferente. E tentamos cada vez mais, no meio da nossa birra, parecer o outro.
Todo mundo quer ser igual, vestir as mesmas roupas, ouvir as mesmas músicas, frequentar o mesmo boteco sujo da mesma rua, beber as mesmas bebidas, usar as mesmas drogas. Todo mundo (quer ser) igual.
Mas é lógico que eu sou especial, não é mesmo? Lógico que eu tenho um dom. Lógico que eu sou melhor do que o outro. Lógico.
Resumindo:
Todos nascemos diferentes.
Todos queremos ser iguais.
Todos queremos ser iguais e nos achar diferente no meio dessa igualdade toda.
Vamos dizer não à lógica. Eeeeee!
Vamos dizer não à sentatez. Eeeeee!
Ao bom senso. Eeeeee!
Parece discurso político.
Todo mundo aclama. Concorda. Se deslumbra.
Todo mundo não sabe do que se trata.
Aclama pra ser igual ao outro que aclama e só.
Eeeeeee!
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